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Caverna Provisória 746/2016

Trabalho de Gabriela Puchineli, Lívia Macêdo e Sarah Lopes



Ordem e Regresso - Agenda: Restringir



Giulia Alves, Vitor Grama, Lucas Freitag e Renata Rougemont

Mulher (Vídeo apresentado como trabalho final)

Grupo: Felipe Glioche, Flora Faria, Lívia Lúcio, Lucas Tapajós e Luiza Lunardi

Youtube:


Blogger:


Informações do Vídeo:

Atores:
Mulher - Lívia Lúcio
Homem - David Mijalchik
Placa "VAGABUNDA" - Lucas Tapajós
Placa "BURRA" - Flora Faria
Placa "FRACA" - Felipe Glioche

Edição: Luiza Lunardi

Música: "Angel of Death" - Slayer

Desconstituindo Barreiras





Grupo: Eduarda Montenegro, Lucas Soares, Luiz Eduardo Bandeira e Jonas Linhares







Restrições do Cotidiano



Grupo: Adyel Beatriz, Bruna Monte, Marcos Vinicius, Ygor Miranda e Luisa Savi.

RESTRIÇÃO


Grupo: Andre Abreu Jr., Andréia Fernandes, Juliana Salles e Vitória Alves.

MARULHO DE CILDO MEIRELES

Inaugurada dia 30 de julho de 2016 e estendendo-se até março de 2017, a mostra “Em Polvorosa” reúne mais de 100 artistas, brasileiros e estrangeiros, e vêm em homenagem ao artista Tunga, falecido em 2016. Os curadores Fernando Cocchiarale e Fernanda Lopes, ocupando o segundo andar do MAM, oferecem ao público um panorama da produção artística do final do século XIX até os dias atuais. No lugar de textos explicativos, os curadores optaram por utilizar uma série de fotografias, que pontuam a história do país, e caracterizam o perfil multicultural do Brasil e o abismo social que ainda assola as terras tupiniquins. Através dessa conatação visual, as fotografias expostas dialogam com as obras, dando-lhes sentido em diversos níveis, como contexto histórico.

Na contemporaneidade, a instalação tornou-se mais complexa, através da combinação entre várias linguagens como vídeos, filmes, esculturas, performances, computação gráfica e o universo virtual. Dessa maneira, procura-se que o público se surpreenda e participe da obra de forma mais ativa, pois ele é o objeto último da própria obra, sem a presença do qual a mesma não existiria em sua plenitude.
A obra “Marulho”, de Cildo Meireles, de fato, ofereceu relevância à questão da instalação. Ela é composta por um píer de madeira que adentra um “mar” de folhas azuis, simulado ondas, e, conforme o espectador avança sobre o píer, é possível, de modo mais claro, escutar a palavra “água” em 80 línguas. Em uma entrevista, Cildo Meireles explica a importância da questão sonora em suas obras e diz que ela promove o encontro entre aquilo que é por vezes pensado como domínio apartado, separado e distante, sem que isso implique síntese ou resolução dos conflitos que marcam sua proximidade no mundo. Diversas línguas, que estão associados a culturas, territórios e governos, estão em jogo na obra – mas ali não se valorizam as diferenças ou choques, pelo contrário, subentende-se a valorização de um mundo multifacetado e diverso, um mar de culturas.

Marulho é uma instalação sinestésica, que brinca com o olhar e a audição, afirmando o caráter híbrido da cultura contemporânea – tanto por mexer com os sentidos quanto, por literalmente, trazer a tona diversas línguas. Assim como o mar retratado na instalação, a cultura contemporânea também é imensa e profunda. A ideia de espaço é posto em crítica por Cildo Meireles, tanto em uma dimensão física, quanto em uma dimensão geopolítica. De Marulho, é possível captar uma concepção de espaço mais fluída, mais complexa e contra delimitações e fronteiras precisas e permanentes.


Em um aspecto mais amplo da exposição, os curadores vislumbraram não uma simples homenagem ao Tunga. Mas sim, através de sua obra relacionada aos corpos entrelaçados, traduzir essa relação entre as obras expostas lado a lado. De fato, a mostra não é capaz de abranger a coleção do MAM, de Joaquim Paiva e Gilberto Chateaubriand como um todo, tendo em vista que são mais de 16 mil obras de artes – porém, através da curadoria, procura-se criar relações entre as obras e os contextos específicos, para dai resultar nessa grandiosa exposição “Em Polvorosa”.

GRUPO Daniel Dorea, Juliana Marins, Maria Luisa Risemini e Mateus Thompson.