A exposição Impacto
sensorial do artista e criador de filmes Anri Sala é uma experiência musical e
agradável de um dos artistas mais importantes de Leste a Oeste da Europa. A música
transita pelos corredores do Instituto
Moreira Sales de forma brilhante, se definindo de sala a sala, sendo
instalada de forma brilhante.
Sala nasceu quando sua
terra natal Albânia, estava sobre controle do paranoico ditador Enver Hoxha. Passando a ser conhecido
com seu primeiro documentário denominado de Intervista
(1998) de quando ainda era estudante na Ecole
Nationale des Arts Décoratifs, escola localizada na França. Tendo um grande
engajamento com seu país com esse filme e outro chamado de Dammi i Colori, aonde ele demonstrou o legado deixado pelo comunismo
em linhas pessoais e urbanas.
Nos Trabalhos após
esses filmes, porém, ele começou a ter produções mais poéticas, com filmes e
vídeo profundos, tristes e diversas vezes barulhentos sobre a história europeia
recente. Uma dessas novas obras é o vídeo Answer Me de 2008
exposto no Impacto Sensorial. Filmada em uma estação de espionagem americana da
Guerra Fria, que buscavam informações da Alemanha Oriental e seus aliados.
Retratando uma mulher com dificuldades para se comunicar com um homem que responde
apenas com batidas de bateria e silêncios abruptos. Usando a forma mais
abstrata de arte, a música, que reflete na obra a triste história da Europa no
século XX, além de oferecer também um meio de redenção pela mesma.
Outro trabalho audiovisual, em exposição no
Instituto Moreira Sales, é o vídeo onde Sala aborda a questão étnico-cultural
do Senegal. O vídeo de 2016 e nomeado pelo artista de Làk-kat 3.0
(Brazilian Portuguese/Portuguese/Angolan Portuguese) é dividido em três
telas, mostra meninos negros respondendo às perguntas de um adulto. As cenas se
repetem em todas as telas, mas cada uma possui uma legenda traduzidas do
uólofe, idioma local: em português do Brasil, de Portugal e de Angola,
respectivamente. Essas perguntas envolve as diversas formas de se descrever o
preto e o branco (claro e escuro) e os estrangeiros na língua local.
Em uma matéria publicada pelo Hauserwith,
diz que “O interessante de Sala em tais transições acentua a relação entre linguagem,
som, música; funciona dentro de uma zona temporal experimentada por meio dos sentidos.
” Isso porque o vídeo é mostrado em uma sala parcialmente escura, formando uma
experiência única.Grupo: Bruno Espozel, Maria Clara Trindade, Natã Fernandes e Thayane Milagre.