GRUPO Daniel Dorea, Juliana Marins, Maria Luisa Risemini e Mateus Thompson.
MARULHO DE CILDO MEIRELES
GRUPO Daniel Dorea, Juliana Marins, Maria Luisa Risemini e Mateus Thompson.
Postado por Turma EC2 às 04:39 - Comente!
“Em Polvorosa” - Museu de Arte Moderna do Rio
A primeira opção dos curadores foi escolher obras chamadas de “highlights”, que possuem qualidade inegável, como Antonio Manuel, José Damasceno, Cildo Meireles, Lucio Fontana, Pollock e Keith Hering. Ao mesmo tempo busca privilegiar artistas pouco conhecidos como Anita Malfati. Na exposição, vemos que as obras são articuladas por aproximações estéticas e por épocas, com alas dedicadas aos anos 1920, com o modernismo, e aos anos 1950/60, com o abstracionismo, o concretismo, o neoconcretismo, a nova figuração e a arte contemporânea.
“Fantasma” é uma instalação. Sendo basicamente um espaço repleto de carvões, suspensos por fios de nylon que parecem flutuar no espaço. O público é convidado a percorrer o espaço, podendo ser tocado ou marcado pelas peças de carvão. Já LUTE (1967) consiste em letras gigantescas formando a palavra “LUTE”, seu proposito inicialmente foi chamar o publico para a luta contra a ditadura e ela antigamente era colocado no meio da Avenida Rio Branco no Rio de Janeiro. Esse trabalho é um dos representativos do neoconcretismo brasileiro.
O Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro fica na Av. Infante Dom Henrique, 85 - Parque do Flamengo. Funciona de terça a sexta, das 12h às 18h e sábados, domingos e feriados, das 11h às 18h. O ingresso é de apenas R$14,00. Estudantes com mais de 12 anos, e adultos a partir dos 60 anos, o valor é menor ainda, sendo de R$7,00. Entrada é gratuita para os Amigos do MAM e crianças até 12 anos. Entrada também gratuita às quartas-feiras, a partir das 15h. Aos domingos, ingresso-família para até 5 pessoas é R$14,00.
Grupo: Bruno Espozel, Maria Clara Trindade, Natã Fernandes e Thayane Milagre.
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"Fantasmas" e amarras na coleção do MAM
A exposição "Em Polvorosa - um panorama das coleções MAM", com curadoria de Fernando Cocchiarale e Fernanda Lopes busca, assim como descrito no título, mostrar um pouco das obras que integram a coleção do museu.Sem uma montagem muito lógica, tendo em vista que cada obra pertence a um contexto distinto, o objetivo principal da mostra é destacar as instalações, quadros e vídeos de maneira a serem bem visualizadas e apreciadas pelos visitantes do espaço.
Apesar da não linearidade de ideias, em alguns momentos se percebe alguma similitude entre as obras. Por exemplo, em uma enorme sala com obras de diversos artistas que tratam principalmente de privações. Desde a enorme palavra "LUTE", de Rubens Gerchman, até o emblemático "Art/Life One year performance", de Tehching Hsiesh e Linda Montano, tudo ali remete à restrições. E é nesta última citada que iremos focar a partir daqui.
Techning Hsiesh é considerado um dos pioneiros da arte performance de longa duração. Marina Abramovic, a "rainha" desse tipo de obra, o considera um mestre. O artista tem uma série de obras que tomam boa parte de sua vida, levando portanto o significado de "arte é vida" ao extremo.
Em sua obra "Art/Life One year performance", ele e a artista Linda Montano permaneceram amarrados por uma corda de dois metros durante um ano. Sendo assim, viveram juntos, foram a todos os lugares juntos, fizeram tudo neste ano amarrados um ao outro. Entretanto, apesar da conexão por meio da corda, podiam ficar no mesmo cômodo, mas não eram autorizados a tocar um no outro, o que certamente tornava o convívio muito mais difícil. A obra pode ser interpretada a partir da vida do artista, que, sendo um imigrante ilegal nos EUA, conhece de perto a prisão fantasiada de liberdade (sair na rua, em um país tecnicamente "livre", podendo ser preso a qualquer momento). A corda seria então a amarra da imigração, comparando à própria vida do artista, ainda que pudesse ir à qualquer lugar amarrado à artista Linda Montano.
Art/Life One Year Perfomance, de Techning Hsiesh |
Outra obra que escolhemos analisar da exposição é "Fantasmas", do artista Antonio Manuel. Nascido em 1947, em Portugal, o artista veio com cinco anos para o Rio, onde nos anos 1960 ficou conhecido por sua produção de forte tom político, e de um experimentalismo que marca sua obra até hoje.
"Fantasmas', de Antonio Manuel |
“Fantasma”, uma das mais destacadas de sua trajetória, é composta por dezenas de pedaços de carvão, suspensos por fios de nylon, que parecem flutuar no espaço. O público é convidado a percorrer a instalação, podendo ser tocado ou marcado pelas peças de carvão. No meio da instalação, há a fotografia de uma testemunha da chacina na favela de Vigário Geral (1993), encapuzada e cercada por microfones da imprensa. Lanternas iluminam a imagem. A obra foi adquirida pela MAM Rio em 2001, a partir do Programa Petrobras Artes Visuais. A obra de Antonio Manuel, que a princípio parecem apenas carvões pendurados, em opinião pessoal, conversa com a fotografia de uma testemunha de chacina a medida que pensamos na ocasionalidade com que certos acontecimentos impactantes nos tocam e marcam, assim como os carvões que tocam o espectador sem querer. |
Grupo: Felipe Glioche, Flora Faria, Lívia Lúcio, Lucas Tapajós, Luiza Lunardi
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MARULHO e o trabalho do curador de arte contemporânea
Entre os dias 30 de julho de 2016 e 05 de março de 2017 ficará em cartaz no Museu Arte Moderna do Rio de Janeiro a exposição "Em polvorosa – Um panorama das coleções do MAM Rio". Como o próprio nome sugere, ela traz um panorama das coleções adquiridas pelo museus ao longo desses 60 anos, juntando as coleções MAM Rio, Gilberto Chateaubriand e Joaquim Paiva. Claro que um acervo tão grande (mais de 16 mil obras) não pode ser exposto em uma única vez e, portanto, o trabalho dos curadores deu um recorte significativo a tudo que é apresentado. Em polvorosa, resumindo, é a mistura, as tonalidades, a vibração da arte contemporânea em sua faces mais distintas.
A obra Marulho de Cildo Meireles pode ser usada como exemplo do trabalho de curadoria feito por Fernando Cocchiarale e Fernanda Lopes. Em seu livro, Quem tem medo de arte contemporânea?, Fernando dá várias pistas para entendermos e principalmente vivenciarmos as obras expostas e aqui, em destaque, Marulho.
Se a arte Renascentista tentava compreender o papel do homem na sociedade, sua centralidade, suas peculiaridades e a arte Moderna tentou entender a forma além da representação do real, a arte contemporânea vem bagunçar com todas essas premissas. Por isso ela assusta: ela não tem propósito, ela não tem significado. Mas é inegável que ao subir os degraus do deck de madeira que simula um pier a obra e avistar os papéis azuis que ensaiam um mar ondulante e especialmente ao escutar as centenas de vozes falando a palavra "água" em diversas línguas como se fosse o barulho do mar sente-se toda a sensação de que o artista quis expressar.
Esse artista que cria, mas que não é o único autor. Não foi Cildo sozinho que, em um ateliê romântico, criou peça por peça da instalação. Ele contou com a ajuda de técnicos das mais variadas áreas para que sua obra ganhasse forma. E isso é algo fascinante da arte contemporânea, o autor que não está totalmente envolvido em todas as etapas de criação de suas obras. Não temos mais a figura do artesão-artista, mas a do artista projetista. Um arquiteto que passa por meio de seu trabalho subjetividade, que cria um espaço, o conceito de instalação é, ao meu ver, junto com a performance os maiores expoentes da arte contemporânea. Uma obra que "não cabe em galerias" embora esteja em uma, uma obra para apreciar com mais de um sentido (visão, audição, tato). Uma obra que, diferente das "obras primas" do passado pode ser editada. Como essa é sua segunda montagem no Rio.
O grande trunfo da exposição e que deixa claro as posições de Fernando em relação ao seu trabalho de curador é a falta dos famosos textos explicativos ao lado das obras. Ele entende que a arte contemporânea está menos para ser explicada e que a explicação nem sempre contribui para a compreensão de uma obra.
Juliana Salles, Vitória Alves, Andréia Fernandes e André Abreu
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Marulho e Ping-Ping
As diferentes perspectivas da obra. |
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A Cadeira Careca - Márcia X
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A modernidade através do conjunto
O nome da exposição é em homenagem ao artista Tunga. O artista possui uma obra na qual são três corpos entrelaçados que acabam tendo seus limites confundidos. Isto caracteriza também a exposição, pois ela tem como finalidade mostrar o resultado da mescla de três grandes coleções do MAM.
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Em polvorosa: uma celebração da arte
"Em Polvorosa”, título dado à presente exposição do MAM Rio é uma homenagem ao
célebre artista Tunga e à uma de suas obras da série Desenhos em polvorosa, que retrata
corpos tão entrelaçados ao ponto de não se perceber mais seus limites. Tendo como apoio
essa metáfora, podemos compreender a proposta da exposição: mostrar a forma como que
as obras de arte dialogam entre si, sem possuírem nenhum tipo de ligação a priori.
A exposição é composta por obras de todos os tipos e situadas em todas as épocas. Video-arte, instalações, fotografias, pinturas e esculturas. Tudo se espalha e se mistura nos mais de 2500 metros quadrados do museu. E são exatamente essas conexões, criadas quase que ao caso entre as obras, que potencializam o poder de produzir sentido e o diálogo entre elas. Os temas conversam e o espectador é convidado à roda de conversa.
Postado por Turma EC2 às 09:02 - Comente!
Postado por Turma EC2 às 11:10 - Comente!