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A modernidade através do conjunto

Uma celebração do acervo do MAM e do encontro dele com o público; é assim caracterizado pela curadoria, Fernando Cocchiarale e Fernanda Lopes, a exposição “Em Polvorosa”. Neste acervo somam mais de 16 mil obras, sendo gravuras, fotografias, desenhos, pinturas, esculturas, vídeos, instalações, objetos, performances, livros de artista e intervenções.

O nome da exposição é em homenagem ao artista Tunga. O artista possui uma obra na qual são três corpos entrelaçados que acabam tendo seus limites confundidos. Isto caracteriza também a exposição, pois ela tem como finalidade mostrar o resultado da mescla de três grandes coleções do MAM.



Esta exposição trata muito sobre como as obras individualmente têm poder, mas quando reunidas são bem mais significativas. Dentre as instalações, uma despertou bastante interesse do grupo que aqui escreve. Era um obra denominada “Ping-pong: a construção do abismo no piscar dos cegos” de Waltercio Caldas. Essa instalação se destaca por suas características bem atrativas: Um óculos escuros preenchidos de material preto, que não nos permite enxergar, sendo assim uma experiência da “cegueira” como descrita no título da obra. Também acompanha uma mesa na vertical, uma rede furada, uma raquete furada e uma bola flutuando.


Todos esses objetos em conjunto são bem interessantes. São objetos fora de seu estado comum e isso nos incomoda, pois somos acostumados a enxergar os objetos em outros estados. Uma bola no chão, pois a gravidade atua sobre ela. Uma mesa na horizontal para que haja o jogo. Rede e raquetes não furadas para que a bola não passe pelo vão e o jogo não seja interrompido. Ambos são coisas que nos incomoda, porém para um cego isso de nada importa se não a criação dele a partir do abismo de imagens que é o seu piscar de olhos.

Grupo:Isaque Ferreira, Brunno Motta, Leonardo Couto e Guilherme Telles.