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Cultura, fé e resistência

“Exu come tudo que a boca come, bebe cachaça, é um cavalheiro andante e um menino reinador. Gosta de balbúrdia, senhor dos caminhos, mensageiro dos deuses, correio dos orixás, um capeta. Por tudo isso sincretizaram-no com o diabo; em verdade ele é apenas o orixá em movimento, amigo de um bafafá, de uma confusão mas, no fundo, excelente pessoa”.

Em “Bahia de todos os Santos”, Jorge Amado retrata Salvador e, entre outros aspectos, os costumes e religião da cidade e do povo soteropolitano. Trechos extraídos desta obra que apresentam orixás como Exu, Oxum e Xangô encontram-se em exibição na Casa França-Brasil, no Centro do Rio de Janeiro.  A exposição “Orixás”, sob curadoria de Marcelo Campos e projeto expográfico de Helio Eichbauer, conta com mais de 200 itens diferentes, com peças de instituições e coleções particulares de Salvador, Fortaleza e Rio de Janeiro, que trazem uma discussão acerca da afro-brasilidade e sua manifestação na arte e na religião.


Através da aproximação de trabalhos com temporalidades distintas, “Orixás” aborda candomblé, arte popular e sincretismo (tanto religioso quanto estético), a fim de provocar novas leituras de aspectos da cultura afro-brasileira. A exposição demostra que apesar do preconceito e intolerância ainda presentes na população brasileira, a luta pela defesa dessa identidade existe e resiste.


Grupo: Juliana Marins, Mateus Tompson, Maria Luiza Resemini e Daniel Dorea.